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Conheça a história da maquiagem | Parte 1

A história da maquiagem Parte 1
Certas atividades se tornam tão automáticas que nem prestamos mais atenção, não é? Aposto que quando se trata de maquiagem, você também fica no ‘modo automático’ e nem para pra pensar como elas vieram parar na nossa necessaire, né? 
 
Te convido a embarcar comigo numa viagem pela história da maquiagem e aposto que depois disso você vai olhar seus produtos de beleza com outros olhos.
 
 
Pode ser que você não acredite, mas a maquiagem está nas nossas vidas há pelo menos uns 6.000 anos.
 
Os registros mais antigos (6000 Antes de Cristo = AC) mostram os egípcios usando olhos delineados, bochechas destacadas por algum blush primitivo e lábios delineados. Além disso usavam unguentos para manter os rostos hidratados, e os pesquisadores descobriram que os egípcios usavam algumas substâncias naturais como nozes moídas e alguns minerais misturados com óleos vegetais para fazerem seu famoso delineado em volta dos olhos. Bem legal né?
 
Substância usada para fazer o delineado famoso dos egípcios – Penn Museum
 

Fonte: Ancient Egyptian Facts

 
De acordo com o site Cosmetic Info, as mulheres egípcias levavam cosméticos para festas em caixas de maquiagem e as mantinham sob as cadeiras… algo parecido com o que as imagens acima e abaixo mostram.
 
 
As necessaires dos egípcios  – Penn Museum
 
Vamos em frente! Chegamos em 4000 AC e os gregos e romanos que não carregavam na maquiagem como os egípcios, mas não deixavam de usar totalmente. 
 
Fonte: BBC
De acordo com uma matéria incrível da BBC, as mulheres usavam uma leve camada de pó sobre a pele e um toque de cor nos lábios e bochechas, criados a partir de plantas, frutas ou até mesmo substâncias mais tóxicas, como corantes à base de mercúrio e chumbo. A elite masculina da época acreditava que o principal papel da mulher na vida era ser virtuoso e permanecer em casa, portanto, qualquer maquiagem que parecesse óbvia demais era estritamente proibida.”. 
Resumindo: use maquiagem de uma forma que não pareça que está usando!… Vamos falar mais sobre este conceito na Idade Média.

Fonte: Google Imagens
 
O site Cosmetic Info, estima que em 3000 AC os chineses já pintavam suas unhas com uma espécie de goma, extraídas de plantas, como se fosse uma pastinha, que ao secar, endurecia. Bem engenhosos, né não? Enquanto isso as mulheres gregas pintavam seus rostos de branco e faziam uma espécie de blush com amoras amassadas.
 
 

No Japão as mulheres usavam maquiagem espessa e batons escuros derivados de alcatrão e cera de abelha – Fonte

 
Lembra quando as bases começaram a ser lançadas focando uma super cobertura (reboco)? Todo mundo aderiu né? Então, a moda na época era ter o rosto branco. Não era um rosto claro, era branco ‘errorex’!
 
Pra você ter uma ideia, as pessoas eram tão malucas para atingir a ‘brancura facial’, que chegavam ao ponto de usar chumbo branco e pó de giz no rosto!
Mas por que um rosto branco como a neve? Bem, se você tinha um rosto ‘pálido’ e branquinho, significava que você tinha a vida boa, era rhyca, phyna… não tinha que trabalhar exposta ao sol, ou seja, se for bronzeada é porque trabalha pra viver, logo, é pobre!
 
O look ideal – modesto e discreto na Idade Média – Getty Images / Print Collector
 
Na Idade Média (que durou de 476 à 1453 DC – Século V à XV) as coisas ficaram complicadas para a maquiagem e a mulherada. A Igreja Católica ditava muito como as pessoas deviam ser, e a maquiagem tornou-se ‘pecado’. Isso mesmo! Uma mulher maquiada era símbolo de depravação… De acordo com Thomas de Aquino, você podia usar com o objetivo de atrair um marido, mas ao mesmo tempo não poderia usar ao ponto de provocar pensamentos pecaminosos nos maridos alheios! 
 
Os perigos do ato de arrumar-se e maquiar-se, de acordo com um entalhe de madeira medieval – Woodcurt C 1560 – Beauty and Cosmetics 1550 to 1950 (Shire Library Book 633)
 
Mesmo com tanta polêmica na história da maquiagem, as pessoas sempre davam um jeitinho de cuidar da aparência. Para você ter uma ideia, as mulheres aplicavam fuligem nos cílios, pra fazer as vezes do rímel! Também usava-se flores e raízes como batom, mas desde que a mulher tivesse um ar de ‘pureza e inocência’, com lábios rosinhas e em tons de lilás.
 
De acordo com o livro Classic Beauty: The History of Makeup, algumas mulheres, em busca deste rosto angelical e puro, iam a extremos de raspar todas as sobrancelhas e arrancavam seus cílios, de modo que apenas o rosto se destacava com os olhos em evidência.
 
Rogier van der Weyden – Portrait of a Woman with a Winged Bonnet – Google Art
Mas quando a gente vai poder ter reboco na cara? Calma… a história da maquiagem muda no século 16… e eu vou te contar tudinho no próximo post. Combinado?
 
 

 

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